Sim, eu sei, eu não atualizo esse blog faz um tempão, mas a preguiça não ajudou nem um pouco mesmo...
Das muitas coisas que fiz nesses 3 meses sem notícias, uma delas foi conhecer pessoas muito interessantes, de vários lugares do mundo. Algumas vezes isso me causou estranhamento devido a enormidade de diferenças culturais existentes entre nós, mas na maioria das vezes foi uma experiência enriquecedora.
Dentre essas pessoas, algumas ficaram carinhosamente marcadas no meu coração como um iraquiano muito divertido e uma peruana espivetada. Além, claro do time dos brasileiros que quase me deixaram com os cabelos brancos... Com todas essas pessoas partilhei muitas viagens, comilanças e bebelanças.
Mas infelizmente, o que mais aprendi com eles foi a dizer adeus. Sim, pode parecer bobeira, mas estando tão longe de casa, é normal se apregar às poucas pessoas com quem se passa a maior parte do tempo. E eu tive que dizer adeus a todos eles. Mas ficam as boas lembranças, as fotos e a certeza de ter vivido da melhor maneira e com a melhor companhia possível.
Diario de Bordo
sábado, 27 de novembro de 2010
domingo, 8 de agosto de 2010
Restaurante italiano
Das muitas coisas que se pode fazer num final de semana, uma delas é ir num bom restaurante italiano comemorar o dia dos pais. Infelizmente, neste ano fui sem meu querido pai por uma questão de fuso horário...
Mas mesmo assim foi uma experiência interessante. A comida estava deliciosa e o vinho era muito bom também. Famílias japonesas aproveitaram também o domingo para saborear uma comida diferente. O restaurante, que tinha apenas 6 mesas, logo ficou lotado.
Depois de uma entrada composta de um creme de milho, um caldo de vegetais e legumes cozidos, foi servido uma pasta ao molho quatro queijos. Diga-se de passagem o melhor molho quatro queijos que já comi. Estava delicioso.
Depois pedi uma carne à milanesa, mas não se pode esperar muito das carnes aqui no Japão. Sempre finas e sem muito sabor, mas pelo menos dessa vez o molho não estava doce.
A sobremesa estava muito boa, tinha um sorbê de coco, uma geleia de laranja e um sorbê de azeite de oliva com amoras, blueberries e cerejas. Estava muito boa mesmo.
Mas essa orgia gastronômica me custou 4 mil yenes e quase 3 horas. Nem tudo é perfeito.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
A fúria da natureza
Aproveitando a onda do meu primeiro terremoto, que aconteceu esta manhã, aqui posto algumas fotos sobre a viagem ao Lago Toya. Esse lago é proveniente de formação vulcânica e fica ao lado do Monte Usu, uma formação vulcânica ainda em atividade. Foi um dia interessante, onde pude ter contato com um pouco do sofrimento causado pela fúria da natureza aqui no Japão.
Fico a imaginar que muito do respeito que esse povo tem pela natureza é justamente porque ela é implacável por aqui. A todo momento muda a geografia e lembra a todos que é ela que manda e não o ser humano que detém o poder sobre ela, como erroneamente os povos ocidentais costumam acreditar. Vi de perto o poder de devastação de um vulcão e foi uma sensação de insignificância perante algo muito maior. E acima de tudo, pude perceber acima de tudo o respeito que esse povo tem pelo Mt. Usu.
Gostaria que os brasileiros tivessem o mesmo respeito pela natureza que os japoneses.
A viagem em si foi muito boa e descontraída, apesar dos vietinamitas que ficavam a todo instante tirando fotos de uma amiga e pondo todos irritados. O dia estava terrivelmente quente e no fim da tarde acho até que acabei ficando com insolação porque ainda não tenho um chapéu. Mesmo assim, valeu a pena.
domingo, 27 de junho de 2010
Concerto
Das muitas experiências que tenho tido por aqui, uma das que nunca vou esquecer é a de ter ido num concerto da Orquestra Sinfônica de Sapporo. Não sei se consigo descrever com palavras o efeito da música. A bem da verdade é que não sou poeta e não escrevo tão bem assim para sequer tentar traduzir a sensação de uma orquestra tocando com todos aqueles intrumentos, produzindo uma sensação de estar dentro da trilha sonora de um desenho da Disney.
Foi incrível. Pena que não pude tirar muitas fotos porque era proibido. Até fui advertida por estar com a camera na mão tentando tirar fotos.
Tudo tão lindo e bem feito, tratamento de primeira, até me senti importante.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Zoo
Relembrando a época de criança, fui ao zoo... Claro, eu fui para tirar fotos para uma matéria do curso, mas sempre vem aquele sentimento de deslumbramento e curiosidade por ver animais tão diferentes do que estou habituada a ver.
Toda segunda-feira temos uma espécie de aula para observar as coisas e tirar fotos. Essas fotos são da primeira vez que fui ao Maruyama Dobutsuen. Muitos animais que ainda não tinha visto de tão perto, como girafas, lobos, grous e hipopótamos. Ainda voltei mais uma vez lá, mas só tirei fotos da anta (baku). A proposta era que escolhêssemos uma animal apenas para fotografar. Eu escolhi o baku. Diz a lenda japonesa que o baku come os pesadelos das pessoas e a má sorte relacionada a eles. Originalmente, a lenda a respeito do baku vem de uma figura mitológica chinesa, o baku-youkai, figura quimérica capaz de se transformar em uma animal semelhante a um bode com nove caudas, quatro orelhas e olhos nas costas. Acredita-se que o baku pode também devorar os maus espíritos causadores de doenças e pragas.
Não, eu não descobri tudo isso indo ao zoo, na verdade fiz uma pesquisa depois sobre o baku. O que descobri lá é que eles só defecam dentro da água, então, em zoos onde eles não tem um tanque, os funcionários têm que ficar molhando a bunda deles todos os dias para eles defecarem. Isso que é cultura!
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Passeio em Sapporo
Há realmente muitas coisas para se fazer por aqui nos dias de sol. Podemos passear pelo centro da cidade e de repente esbarrar com as Forças Giniu no meio do caminho! Incrível, não é!?
E no centro do centro da cidade há um parque onde todos ficam tomando sol. Sim, apenas isso... Quando o sol está lá, todos ficam no parque apenas sentindo o calor tão pouco comum por aqui. As crianças ficam a molhar as pernas na água gélida da fonte, como se fosse um dia realmente quente. Nada como uma imaginação fértil para que não se sinta mais o frio cortante que faz por aqui. Claro, esse dia estava realmente quente para o normal daqui, onde faz frio na maior parte do ano.
E como não poderia deixar de ser, mais uma vez estávamos nós, lá no meio dos japoneses, tentando a todo custo permanecer camuflados, embora sem muito sucesso nesse quesito.
E ainda na tentativa de fazer aquilo que os japoneses fazem, fomos no parque admirar as cerejeiras e fazer um piquenique. Claro, sem muito sucesso novamente para nos misturarmos na multidão...
Noite de Yukata
E como não poderia deixar de ser, claro que eu tinha que vestir as roupas tradicionais japonesas. Nessa noite vestimos o tradicional yukata, roupa feita de algodão, usada no verão.
Embora não seja comum ver pessoas vestidas tradicinalmente pela rua, tivemos a oportunidade de vestir essas roupas para tirar fotos. Pude sentir na pele como é não poder dar passos muito largos e ter de sentar ajoelhada. A roupa não permite outro tipo de comportamento. Diz uma amiga minha que precisamos entortar os pés para dentro para que o yukata não abra na parte de baixo, por isso que as japonesa têm as pernas tortas.
Eu achei isso bem engraçado, mas até que pode ser verdade, porque é muito comum terem as pernas tortas para dentro por aqui. E ainda acho que o fato de sempre usarem sapatos largos e pisarem torto com os saltos também contribui para que tenham as pernas tão tortas.
Assinar:
Postagens (Atom)